sábado, 4 de fevereiro de 2012

Barraco no Condomínio.

Finais nem sempre são felizes. Só não precisam ser trágicos. Muitos não entendem nem reagem bem a palavra a-ca-bou. Toda vez que a passionalidade faz vítimas volta a tona o índice da violência promovida por homens contra mulheres. São alarmantes, como toda a estatística de violência no Brasil. Porém, quando essa violência parece estar perto demais da classes mais altas, parece incomodar mais, como aquela desgraça com um conhecido ou mazela do condomínio. A promotora morta em MG expõe como é frágil a psiquê de muita gente, o tal sistema de proteção a mulher e que barraco conjugal violento não é privilégio das classes menos favorecidas. De perto e quando sofre, todo mundo é parecido. Enquanto podem aparecer, em 15 minutos, meia dúzia de policiais na sua casa por conta de um trote de um delito simples, pode não aparecer nenhum por conta de um assalto a mão armada relatado pelo 190. Tudo depende de variáveis que vão de sorte, quem você é, até o bairro que você mora. No caso da vítima, a qual vivia em crise ha anos e já havia registrado queixa, com pedido de afastamento e, aparentemente, nada foi feito. Isso que a vítima era funcionária do judiciário! Sabia dos trâmites e podia ter meios privilegiados, além dos que a Delegacias de Gênero oferecem a quem precisa. Alguma coisa está muito errada. Foi feita toda um arranjo para, na teoria e na boa intenção, de contornar a ineficiência e, segundo alguns, o machismo das Delegacias que servem o restante dos brasileiros. Sem generalizar como gostam certas feministas mal disfarçando seu sexismo, ele existe e, pior, acaba sendo a salvação diante da situação jurídica que se criou, dando mais valia a palavra da suposta companheira, em confronto, se tiver oportunidade de mostrar, todo o currículo e até provas em contrário do companheiro denunciado. Mais cedo ou mais tarde, infelizmente, muitos irão comprovar que o preconceito e corporativismo de gênero dos agentes da lei, que também têm suas vivências conjugais, podem ser a diferença diante da força desigual imposta por desvios legais. Não com uma arma, mas com algo que pode causar um estrago até pior na sua vida. Porém, com toda esses mecanismos de excessão, não parece funcionar. Mas isso, as vezes, não vem ao caso, pois alguém acredita em magia que em estatística. Crê que isso funcione no imaginário dos companheiros e familiares vitolentos, que valem as estocadas na Constituição, nas injustiças cometidas pela arbitrariedade e supressão de etapas fundamentais e pelos paleativos aplicados. Quando aplicados. As estatísticas de denúncias de violência, que não se tem idéia de quantas são fundamentadas, são mais relevantes para se criar a cultura do medo em desequilibrados que a eficiência provada das medidas e de toda essa esperteza de, no afundamento do navio, salvar mulheres, casadas, primeiro. Asisim vão morrendo no morro ou nos condomínios de luxo os cidadãos do Brasil, porquê ao invés de juntar a dedicação para mudar o sistema, separam, buscando atalhos. Essas pessoas podiam cair em si do absurdo que apoiam e darem fim, em um quarto de motel ou sala de ministério, nesta cultura da vitimização e buscar solução eficientes, como se faz em lugares com igualdade e proteção a todos.

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