Tem certas coisas da vida que fazem a gente prestar atenção no
matrix que
nos envolve e ilude. Eu, sempre que tenho oportunidade, colaboro
através de meu trabalho, com causas humanitárias, ligadas aos direitos
humanos ou, simplesmente “do bem”, como publicitário. Um desses
trabalhos foi um Guia dos Direitos Humanos de uma ONG. Nele havia um
capítulo sobre a Violência contra a Mulher, tendo a chamada
Lei Maria da Penha como
um importante instrumento para proteger esse gênero. Olhando assim, só
no verniz, me parecia uma grande conquista para a sociedade, supondo,
onde todas as outras instâncias funcionam perfeitamente. Agora,
observando de perto, levando em consideração todo o resto do sistema,
vejo que, istrumentos como esse, cheios de boas intenções, mas que
buscam a igualdade promovendo diferenciações, para furar a fila da
ineficiência da justiça, quando, levianamente utilizados, são uma
covardia tão grande contra um gênero quanto, o outro, em presuposta
superioridade, usar da violência física contra o mais fraco. Este dá, a
apenas um sexo e classe, uma força que, o outro, não têm a sua
disposição na mesma proporção. Um absurdo que vai contra a noção básica
da justiça: a igualdade de direitos. Para mim, não ha urgência ou
estatísticas de sinistros em um grupo específico que justifiquem esse
tipo de exceção, pois não existem vidas mais ou menos importantes para
serem protegidas, nem tipos de mulheres que devam ser melhor amparadas
que outras. O Estado precisa funcionar de forma eficaz para todos e
todas.
Sem falar que, isso, gera um tipo de processo muito semelhante aos
das pelícolas sobre a Inquisição, onde um relato do maior interessado na
punição do outro e alguma evidência, que não valeria de nada em
qualquer outro inquérito, fazem uma máquina, normalmente lenta,
funcionar tão rápido a seu favor, que em quase todos os outros casos,
não menos relevantes ou graves, só em filme de juri americano.
Uma verdade inconveniente seja dita, mesmo que eu seja por princípio a
favor das cotas nas universidades e sejam temas complexos: não dá para
promover harmonia defendendo privilégios. Proponho, enquanto não revogam
ou aprimoram o que torna este instrumento surreal, a Lei
Helio de la Peña,
para proteger homens de bem, de qualquer estado civil, inocentes e
vítimas de leis de gênero míopes, as quais tiram a seriedade da noção
que tenho do que é justo e do que é certo.
Fonte: blog
vladisinteria