terça-feira, 1 de outubro de 2013

Invalidez multípla

Pesquisando no Google se nota que têm quem celebre a idade apesar dos números. A Lei Maria da Penha chega aos seus 7 anos com resultados que não justificam sua continuidade, violentando o senso de igualdade. Fora alguma boa vontade em ver avanços, algumas vitórias, o que os índices como do IPEA apontam é a dura realidade a qual a maioria é submetida. Mesmo com pulseirinha VIP. O camarote é mais em cima. Aleijar a Constituição teve como resultado a invalidez desta medida cheia de boa intenção, mas poucas chances de dar certo. A ineficiência do sistema mostrou que só é competente em não privilegiar com segurança e justiça nem quem, supostamente, tenha algum mecanismo de exceção, a preferência na longa fila dos que têm fome de tudo. Em um estranho senso de humor, a Maria foi novamente vítima de uma força maior que a sua. A da fria verdade. Gente do mal não têm medo do nosso sistema e ele(a) trata mal o mais fraco, sem se importar com seu sexo e estado civil. Todos somos prejudicados quando não se mexe em time que perde e, pior, entrega o jogo. Aprenda ou continue apanhando. É melhor, para todos e todas, lutar por um sistema que funcione para a maioria do que mostrar egoísmo de classe, tentando soluções exclusivas para uma minoria específica, mas não menos injustiçada que outros tantos. O inimigo a ser combatido é o sistema do jeito que está e não um gênero, da maneira que alguns o pré julgam. Não ha medida na maldade nem preferência ao fazer o bem.
Leia sobre o as estatísticas.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Trocando de lugar

Estudantes canadenses produzem vídeo no qual invertem os “papéis” femininos e masculinos em anúncios para mostra como a propaganda perpetua representações equivocadas.
Fonte: Revista Forum


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Ex-telionato.

A igualdade tem bônus, ônus e alguns efeitos colaterais idesejáveis.
No prisma da discriminação e privilégio de gêneros nas disputas ou acordos judiciais, existe um linha não muito clara entre estelionato e um divórcio legal.

Número de mulheres vítimas de estelionato dobra em 3 anos no RS


quarta-feira, 1 de maio de 2013

Sagrada segregação

Religião e política é uma mistura perigosa. Os judeus ultra ortodoxos crêem que, mais ainda, é misturar homens e mulheres. Mesmo em uma cultura que contribuiu muito a civilização e em um país que, junto com seus conflitos eternos, prima por sua produção intelectual e renda, atualmente. Protestar contra a segregação destes religiosos fundamentalistas, até ontem, era crime em Israel. Na lei dos homens, inclusive. As sagradas escrituras, de qualquer crença, costumam ser um prato cheio para todo o tipo de interpretação. Serve para o bem e para o mal. Servem até de desculpa para misoginia.

Segregação de mulheres por ultraortodoxos gera protestos em Israel.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Lívia descobre que a Maria da Penha funciona.


No meio da salada de temas sociais abordados na trama da novela global Salve Jorge, um cabelo com ponta dupla: o uso da Lei Maria da Penha para prejudicar alguém por motivo passional. A pilantra, personagem Lívia, usou seu direito a foro privilegiado para retalhar o seu amor não correspondido no folhetim, o exemplar Théo. Um embate onde cavaleiro, dragão e princesa se confundem. Como o instrumento prejulgou, na vida real, que todo ser humano do gênero feminino não é movido por nada além da razão, só diz a verdade e é incapaz de causar e desejar o mal sobre todas as forças, até da TPM, o personagem que, como a traficante de mulheres só existem na ficção, pode parecer ao espectador um bug no sistema. E do tipo mais inverossímil para quem não se tocou, mesmo depois da Glória Peres dramatizar, a armadilha que é este remendo inconstitucional. Legítimo puxadinho sobre terreno instável. Quem sabe, no andamento rocambolesco da novela, mostrarão em tempo real a estabanação que são as medidas burocráticas tomadas, levando muito mais em conta o preconceito oficializado com tal lei do que um processo justo e minimamente democrático. Certamente não haverão oficiais da lei sexistas, que perdem processos, que nem ao menos ligam para averiguar as partes ou juízes que passam tudo para o estagiário, entre outras coisas que parecem de novela. A verdadeira vítima, pode levar meses, se não anos ou a eternidade, para reverter, mesmo que parcialmente, um estrago institucional que na Delegacia da Mulher é feito em tempo recorde. Estão aí as estatísticas da violência contra a mulher que não diminui e os relatos da ineficiência prática para provar que instrumentos assim não resolvem nada, a não ser aplacar a sede de vingança e dinheiro de Lívias e outras levianas. A maioria nem são marginais ou mentes do mal, mas são humanos falíveis, movidos por emoções, estas que acionam um dispositivo sumário, incompleto e em sistema completamente falho, que não protegem quem precisa, prejudicam inocentes e diferenciam os cidadão por gênero e estado civil. Fora da tela, é sempre possível que o dragão vença. Ainda mais se ele estiver disfarçado de donzela.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Salvem o Jorge.

Givanna faz papel de delegada competente, dedicada e bonita.
Pergunta cretina: Será que a reportagem do jornal Zero Hora entrou na fila e pilha na mesa para fazer o ensaio no Caderno Donna com as belas delegadas gaúchas? Ou entrou no guichê de gênero privilegiado, para publicarem antes do fim da atual novela, a Salve Jorge? No último domingo, na onda das Delegatas, o jornal gaúcho fez sua versão enaltecendo as qualidades facultativas destas importantes profissionais. Beldades e questionamentos irônicos a parte, são muitos os dragões a serem vencidos para os brasileiros "comuns" em apuros ou querendo reparação por denúncias caluniosas geradas por tal monstrengo. Processos podem levar meses ou anos para andar na esteira da nossa segurança e justiça, nas mesas e instâncias de todos os gêneros, neste país de muitas belezas e mazelas. A resposta padrão é o excesso de trabalho e processos, a falta de tempo e de pessoal, para a absurda demora no andamento para os não diferenciados. Se, para todos, da vaidade fizesse parte deixar a mesa limpa, também de trabalhos atrasados, tudo ficaria melhor na foto e sem esconder imperfeições do público em geral. Além de que, em país que funcionam os serviços fundamentais, não precisam diferenciar entre Joões e Marias.