quinta-feira, 31 de maio de 2012

Impunidade passional.



Tem gente que leva muito a sério frases de efeito em cerimônias lúdicas ou acredita que ter regalias divinas nas suas relações. Principalmente no final delas. Até que a morte nos separe é o nome de uma série de seis episódios coproduzida pela Prodigo Films e pelo canal A&E sobre emblemáticos crimes passionais cometidos no Brasil desde os anos 1990. O primeiro episódio, Amor e Morte na Imprensa Brasileira, que trata do assassinato da jornalista Sandra Gomide pelo seu ex-namorado Antônio Pimenta Neves, em São Paulo, no ano 2000 foi ao ar em maio.
O primeiro programa mostra bem a diferença que faz ter recursos para se defender e usar todos quanto possíveis. O ex-ministro da justiça Thomaz Bastos, que no momento defende o Cachoeira, diz no documentário que os recursos são desculpas, afirmando que a "cultura da demora" do judiciário é que fez e faz determinados casos se prologarem. Geralmente pelo bem de quem cometeu o crime. O pai da vítima, menos douto mas não menos certo, na saída do julgamento que "condenou" o réu confesso ha aguardar, em liberdade, resumiu indignado. "Se fosse um coitado, não saía deste jeito". Liberdade esta durou quase uma década e, se não foi o último dos recursos, pode ser até o final da vida. O assassino já tem mais de 70 anos.

Matéria da Revista Alfa aqui.

Vinheta da série.

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